
Estou perdido e sem mapa,
Não tenho destino nem caminho
Estou num campo aberto,
Sem direcção e sem rumo.
Ouço a voz do silêncio,
Que me faz um barulho imenso.
Deixo discorrer a minha vida
E sugo-me para dentro
Da minha mente perdida.
E lá me encontro.
E encontro um espaço.
Estou na têmpora,
Numa fonte,
Numa região lateral
Num espaço uni universal.
.
Estou numa projecção de uma galáxia.
Numa superfície interna de uma esfera celeste,
Onde não existe pontos cardeais.
Não tenho Norte, nem Sul, nem Este, nem Oeste.
.
Não tenho cúmulos estelares atraindo-me,
Nem nebulosas galácticas iluminando-me.
Sou matéria interestelar sugada e perdida,
Para um buraco negro onde não há palavras.
Onde se fala uma língua estrangeira de mudo
E que não se encontra em mais nenhum mundo.
.
Quem me dera nesta hora ser um ponto negro.
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