domingo, 20 de setembro de 2009

O meu Universo



Estou perdido e sem mapa,


Não tenho destino nem caminho


Estou num campo aberto,


Sem direcção e sem rumo.



.



Ouço a voz do silêncio,


Que me faz um barulho imenso.


Deixo discorrer a minha vida


E sugo-me para dentro


Da minha mente perdida.


E lá me encontro.


E encontro um espaço.


Estou na têmpora,


Numa fonte,


Numa região lateral


Num espaço uni universal.



.



Estou numa projecção de uma galáxia.


Numa superfície interna de uma esfera celeste,


Onde não existe pontos cardeais.


Não tenho Norte, nem Sul, nem Este, nem Oeste.



.



Não tenho cúmulos estelares atraindo-me,


Nem nebulosas galácticas iluminando-me.


Sou matéria interestelar sugada e perdida,


Para um buraco negro onde não há palavras.


Onde se fala uma língua estrangeira de mudo


E que não se encontra em mais nenhum mundo.



.



Quem me dera nesta hora ser um ponto negro.







Sem comentários:

Enviar um comentário